O
papel da Mulher na sociedade ao longo dos tempos.
Fátima
F. A. Silva Nº 21401166
ISMAT-
Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
Professor
Doutor Mostafa Zekri
Pensamento
Contemporâneo
Licenciatura
em Psicologia
1ºano
– 1º Semestre
2014/2015
Resumo
No
âmbito da unidade curricular Pensamento Contemporâneo, leccionada pelo
Professor Doutor Mostafa Zekri, e de acordo com o sugerido pelo mesmo,
propus-me a realizar este trabalho sobre o papel da mulher na sociedade, desde
da Grécia antiga até à época contemporânea.
Desde
da antiga Grécia que a mulher sempre teve um papel insignificante na sociedade.
O papel principal da mulher na sociedade era venerar o marido, criar os filhos,
cuidar da casa e manter-se submissa ao esposo.
Mas
com o avançar dos séculos a mulher começou a ganhar cada vez mais independência
e mais controle da sua vida, até chegar à sua emancipação e finalmente na
adquirição de direitos como o direito ao voto.
Apesar
de ainda existirem algumas diferenças sociais entre os homens e as mulheres, a
situação feminina melhorou muito, e aproximamo-nos cada vez mais de ter a
completa igualdade entre os sexos.
Palavras-chave:
Emancipação Feminina; Mulher; Sociedade; Igualdade Social
Abstract
As
part of the course unit Contemporary Thought, taught by Professor Dr. Mostafa
Zekri, and as suggested by him, I set myself to do this work on the role of
women in society, from the ancient Greece to modern times. Since ancient Greece
that women always had a minimal role in society. Women's main role in society
was to worship her husband, raise their children, housework and remain
submissive to her husband. But with the progression of the centuries the Women
began to gain more independence and more control of their lives, until you
reach their emancipation and finally the adquirição of rights as for exemple
the right to vote. While there are still some social differences between men
and women, women's situation has improved a lot, and we are approaching the
complete equality between the sexes.
Keywords:
Women's Emancipation; Women; society; Social equality
Introdução
Nos tempos mais remotos
a Mulher era vista como algo que só servia para a procriação, tal como José
Saramago refere na sua obra Memorial do Convento, “sendo a mulher,
naturalmente, vaso de receber,” (Saramago, J. 1982), a Mulher apenas servia
para “receber a semente do homem” e gerar filhos. A mulher comparada ao homem
era um ser inferior que devia obedecer cegamente todos os desejos do seu
“Mestre”, que podia ser o seu Pai, Irmão ou Marido. A mulher durante décadas
foi maltratada, usada e humilhada por uma sociedade maioritariamente machista,
sendo até comparada a animais “A alma de uma mulher e a alma de
uma porca são quase o mesmo, ou seja, não valem grande coisa.” (Arnaud Laufre).
Porém tudo começa a mudar quando a Mulher na
primeira Guerra Mundial ocupa os cargos deixados pelos homens que foram para a
Guerra e começa a trabalhar. Ganhando a independência quando os homens voltam
da guerra Ela recusa-se a voltar ao estado dependente e começa a lutar pelos
seus direitos e pela igualdade entre os sexos. E assim nasce um desejo de
independência que irá mudar a sociedade, transformando-a assim na sociedade que
conhecemos.
O papel da Mulher na sociedade ao longo
dos tempos.
Desde da Antiga Grécia
que a Mulher era vista como um ser inferior, era lhe negada a cidadania,
ficando assim no grupo dos “não cidadãos” junto com as crianças, os escravos e
os estrangeiros. A Mulher Ateniense de boas famílias não recebia educação,
desde de pequena que ficava no gineceu, (parte da casa grega destinada às
mulheres), ao cuidado de sua mãe. Enquanto solteira, a sua tutela pertencia ao
seu pai passando depois para o seu marido, se a mulher acabasse por ficar viúva
a sua tutela ficava a cargo do seu filho mais velho ou do membro da família
masculino mais próximo. A mulher passava a sua vida a cuidar da casa, e a sua
principal função era gerar filhos legítimos e criar as raparigas no gineceu.
Não podia possuir terrenos ou bens e não participava da vida política. Só saiam
de casa, para ir à casa dos pais, as casas de banhos e para participar em
rituais religiosos, porém os sacrifícios aos Deuses eram-lhes interditos.
Já em Esparta a
condição da mulher era um pouco diferente. A Mulher Espartana recebia alguma
educação e até treino militar. A sua principal função era produzir filhos
fortes e saudáveis para o estado, com o objectivo de estes virem a se tornar
guerreiros, uma vez que Esparta era uma cidade-estado muito militarizada. Às
mulheres espartanas eram concedidos muitos mais privilégios do que a outras
mulheres da sua época, porque os homens de Esparta contavam com mães fortes,
orgulhosas e corajosas para produzir fortes, orgulhosos e corajosos soldados. O
contrário das mulheres Atenienses a mulher Espartana tem algum envolvimento na política
da Pólis. “Os escritos de Platão remetem à necessidade de inclusão da mulher no
funcionamento da Pólis. Para o filósofo, a mulher deve receber a mesma educação
ministrada ao homem, qual seja, o ensino da música, ginástica e também da
guerra” (Silva, M. A. 2005).
No Império Romano a
situação não era muito diferente. O Pater
famílias, o chefe de família tinha todo o poder, incluindo o poder de vida
e de morte sobre os seus filhos. A mulher ficava em casa e dedicava-se a tecer,
a fiar, a cuidar da casa e a servir o marido, porém isto é a teoria. Na
realidade a mulher Romana com o marido frequentemente fora de casa devido à
guerra tornara-se dona do seu reino doméstico desfrutando assim de uma
autonomia maior que as mulheres Atenienses da Grécia antiga. As raparigas eram
educadas junto com os rapazes e só no início da puberdade é que eram separados.
Os rapazes começavam o treino militar e as raparigas preparavam-se para o
casamento, aprendendo a tecer, a vigiar os escravos e a cuidar da casa.
Na idade média, com a
força que o Cristianismo tinha nessa altura na Europa, a mulher passou a ser
vista como uma “pecadora em potencial”. Segundo a Igreja todas as mulheres são
descendentes de Eva a pecadora original. No casamento a mulher estaria restrita
a um só parceiro, que tinha a função de dominá-la, de educá-la e de fazer com
que tivesse uma vida pura. As mulheres só não eram consideradas como objecto do
pecado se fossem virgens, esposas ou mães. O Clero utilizava Pecado Original de
Eva para inferiorizá-la. Isso porque, conforme este texto bíblico, Eva foi
criado da costela de Adão, sendo, por isso, dominada pelos desejos carnais.
Devido a esta visão, acreditava-se que ela foi criada coma única função de
procriar. A mulher também era considerada enganadora uma vez que no Pecado Original
foi ela que convenceu Adão a comer a maçã que depois resultou da expulsão da
humanidade do Jardim de Éden. Mas para libertar as mulheres do pecado criou-se três
modelos femininos, Eva (a pecadora) que simbolizava as mulheres do mundo, Maria
(o modelo de perfeição e santidade) simbolizava um ideal de
santidade que deveria ser seguido por todas as mulheres para alcançar a graça
divina e Maria Madalena (a pecadora arrependida) que simboliza a capacidade de
arrependimento e o perdão dos pecados.
Na época, a mulher
tinha de obedecer. Não visto com bons olhos uma mulher que tivesse educação no
sentido de aprender a ler e escrever, a não ser que entrasse para a vida
religiosa. Uma jovem deveria, aprender a fiar e a bordar. Se fosse pobre, teria
necessidade do trabalho pra sobreviver e ia trabalhar para o campo ou servir a
classe mais alta. Se fosse uma mulher de boas famílias, deveria saber administrar
e supervisionar o serviço de seus domésticos e dependentes. Porém as mulheres
não foram apenas oprimidas pelos homens, sendo que as diferenças sociais foram
sempre tão fortes como as diferenças de sexo, muitas vezes mulheres de classe
elevada oprimiam as mulheres de classes mais baixas como por exemplo as suas
dependentes.
No Renascimento houve
algumas mudanças no estatuto das mulheres. As mulheres das classes mais
elevadas eram educadas nas mais variadas artes e na escrita. No início do
século XVI foi fundada em Alcalá,
na Europa, a primeira escola feminina. No século XV tivemos mulheres de poder,
como por exemplo Joana D’Arc, que mudou o curso da situação militar Francesa na
Guerra do Cem Anos. No Século XVI tivemos outra grande personalidade feminina
que mudou a história de Inglaterra a rainha Isabel I a "A Rainha
Virgem". Num mundo liderado por homens Isabel I reinou por 45 anos. Isabel
I conquista o amor e a lealdade dos seus súbditos usando como recurso o facto
de ser mulher, “No trono, Elizabeth era a Rainha Virgem; para a Igreja, uma
mãe; para os nobres, uma tia; para os conselheiros, uma esposa ranzinza; e para
os seus cortesãos, uma sedutora.” (Christopher Haigh). A sua maior arma no seu
reinado era reafirmar constantemente seu amor especial pelo povo. O seu
reinado, apesar das conspirações cometidas contra a coroa, foi um reinado
próspero sendo chamado de “Era de Ouro”, “The Golden Age”. Um dos maiores feitos do reinado de Isabel I
foi a sua vitória sobre a Invencível Armada Espanhola, uma frota de navios
considerada invencível. Porém nas classes mais pobres a situação da mulher
continuava igual. Não tinham acesso a educação, trabalhavam nos campos ou a
servir a casa dos Senhores e a sua maior “função” era produzir filhos para
depois ajudarem no trabalho do campo.
Foi só com o início da
Primeira Guerra Mundial que a mulher começou a ganhar independência. Com a
partida dos homens para a guerra as mulheres tiveram de sair de suas casas e
ocupar os cargos antes ocupados pelos homens. Uma vez a trabalhar as mulheres
começaram a aproveitar da sua independência recém-descoberta. Enquanto os
homens estavam na guerra as mulheres foram parte integrante na sociedade,
mantendo assim os seus países “de pé”. A guerra contribuiu de forma
considerável para a mudança do papel das mulheres, ao exigir a sua participação
em diversos sectores de actividade económica, onde se integravam os trabalhos
mais pesados. Na batalha estiveram presentes como enfermeiras socorrendo os
feridos. Porém as mulheres ganhavam menos do que os homens ganhavam. Juntando a
isto as más condições de trabalhos, sindicatos começaram a ser organizados por
mulheres insatisfeitas exigindo condições de trabalho melhores, através de
diversas formas de luta, como por exemplo a greve. No início do séc. XX, as
mulheres começaram a reivindicar o direito de participação na vida política,
como o direito de voto. Essas mulheres que começaram a lutar pela igualdade de
direitos são chamadas “as Sufragistas” que, sobretudo, na Grã-Bretanha desenvolveram
uma intensa campanha pelo direito ao voto. Neste movimento, tornaram-se célebres
duas sufragistas inglesas, Emmeline Pankhurst, que, entre 1908 e 1914, foi
presa e libertada várias vezes por se ter manifestado, em todas as ocasiões
possíveis, pela obtenção do direito de voto, e Emily Davison, que, em 1913,
durante uma corrida de cavalos, se lançou para a frente do cavalo do rei, vindo
a morrer alguns dias depois, se tornando assim uma das primeiras mártires pela
causa. Felizmente 1918,na Grã-Bertanha as mulheres inglesas com mais de 30 anos
obtiveram o direito de voto. Mas só 10 anos mais tarde esse direito seria
concedido a todas as inglesas com mais de 21 anos.
Em Portugal também
começaram a aparecer movimentos sufragistas. Em1909, fundou-se a Liga
Republicana das Mulheres Portuguesas, dirigidas por Ana de Castro Osório,
Adelaide Cabete, Maria Veleda entre outras.
Com o fim da guerra e o
retorno dos homens muitas mulheres são obrigadas a retroceder ao seu antigo
estatuto, “As mulheres foram activistas na guerra, depois voltaram ao lar.” (Cova,
A. 2014). Porém muitas não abdicaram dos seus postos de trabalho nem da sua
independência. Com a violência da guerra muitos jovens passaram a “viver a vida
ao máximo” vivendo uma vida boémia, e assim esta altura ficou conhecida como
“Os loucos anos 20”. Com a chegada da década de 20 muitas mudanças chegaram à
sociedade. As mulheres mudaram o seu vestuário trocando o corpete pelo soutien,
os vestidos eram mais largos e confortáveis e as suas saias subiram até ao
joelho, dando assim mais liberdade nos movimentos, liberdade necessária para
dançar as danças da época o charleston e foxtrot, os cabelos passaram a ser
usados curtos estilo “à la garçonne” e “à marcel”. Começou-se a utilizar
maquilhagem, os olhos realçados com tons escuros e os lábios pintados em forma
de coração em tons carmim. As mulheres começaram a sair à rua mais vezes,
encontrando-se com as amigas para tomar chá nos diversos cafés das cidades. À
noite a mulher começou a ter uma vida social mais activa frequentando cabarés e
casinos. A mulher começou a beber e a fumar em público, actividades que eram só
socialmente aceitáveis antigamente se praticadas por homens.
A partir daqui a
sociedade nunca mais vai ser a mesma. Nos Estados Unidos da América a mulher
ganha o direito ao voto em 1920. Em Portugal o voto é concedido às mulheres em 1931,
pelo decreto 19 692, de 05 de Maio, porém nem todas as mulheres podiam votar,
para votar a mulher tinha de ser o chefe de família, “Artigo 1.º Os vogais das juntas de freguesia são eleitos pelos
cidadãos portugueses de um e de outro sexo, com responsabilidade de chefes de
família, domiciliados na freguesia há mais de seis meses. § 1.º Têm
responsabilidade de chefes de família para os efeitos do corpo deste artigo:
1.º Os cidadãos portugueses do sexo masculino com família constituída, se não
tiverem comunhão de mesa e habitação com a família dos seus parentes até o
terceiro grau da linha recta colateral, por consanguinidade ou afinidade; 2.º
As mulheres portuguesas, viúvas, divorciadas ou judicialmente separadas de
pessoas e bens com família própria e as casadas cujos maridos estejam ausentes
nas colónias ou no estrangeiro, umas e outras se não estiverem abrangidas na
última parte do número anterior. (…) Art. 2.º Os vogais das câmaras municipais
são eleitos na proporção a estabelecer no Código Eleitoral: (…) 5.º Pelos
cidadãos portugueses do sexo feminino, maiores de vinte e um anos, com curso
secundário ou superior comprovado pelo diploma respectivo, domiciliados no
concelho há mais de seis meses.” (Wikipédia, Sufrágio Feminino). Porém só
de pois da queda do Estado Novo é que o voto passa a ser igual para todos os cidadãos
de Portugal maiores de 18 anos, no dia 2 de Abril de 1976 foi publicada a nova
Constituição da República Portuguesa decretando a igualdade de voto, ”Art. 48.º O sufrágio é universal, igual e
secreto e reconhecido a todos os cidadãos maiores de 18 anos, ressalvadas as
incapacidades da lei geral, e o seu exercício é pessoal e constitui um dever
cívico. Art. 1.º O recenseamento eleitoral é oficioso, obrigatório e único para
todas as eleições por sufrágio directo e universal.” (Wikipédia,
Sufrágio Feminino). Em 1945 foi aprovada a igualdade de direitos entre os
homens e as mulheres através da Carta das Nações Unidas.
Segundo a ONU os
direitos da mulher são os seguintes: Direito à vida, Direito à liberdade e à
segurança pessoal, Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de
discriminação, Direito à liberdade de pensamento, Direito à informação e à
educação, Direito à privacidade, Direito à saúde e à protecção desta, Direito a
construir relacionamento conjugal e a planejar sua família, Direito a decidir
ter ou não ter filhos e quando tê-los, Direito aos benefícios do progresso
científico, Direito à liberdade de reunião e participação política, Direito a
não ser submetida a torturas e maltrato. Em Julho de 2010 a ONU criou a ONU
Mulheres, uma entidade que apoia a igualdade de género e a emancipação das
mulheres, sendo a sua principal função a protecção de mulheres e meninas de
todo o mundo.
A mulher teve um longo e
duro caminho para poder alcançar a igualdade social. É verdade que a situação
da mulher melhorou muito, agora já temos presidentes do sexo feminino e
mulheres a ocupar cargos elevados na política e na sociedade, porém ainda
existem algumas desigualdades. No Kawait as mulheres só conseguiram ganhar o
direito ao voto em 2005. Nos Estados Unidos por cada dólar que um homem ganha,
uma mulher ganhar 0,77 cêntimos pelo mesmo trabalho. Segundo o site Noticias da
Terra o Egipto é o pior país árabe em relação aos direitos das mulheres, “Há vilarejos nos arredores do Cairo e
outras regiões onde grande parte da economia é baseada no tráfico de mulheres e
casamentos forçados”, disse Zahra Radwan, diretora de programa para o
Oriente Médio e Norte da África para o Global Fund Women, grupo de direitos,
baseado nos Estados Unidos. (Noticias da Terra). Na India a situação não é
muito melhor. Acho que ninguém se pode esquecer da noticia que em Dezembro de
2012 invadiu os jornais e os noticiários da estudante de 23 anos que foi
violada por seis homens num autocarro em Deli. Outro caso foi o de suas
raparigas de 14 e 16 anos, enforcadas numa árvore depois de terem sido violadas
em grupo na aldeia de Katra Shahadatgani, no mais populoso estado indiano,
Uttar Pradesh.
Apesar dos esforços
pela parte das Nações Unidas a situação das mulheres em vários países do mundo
ainda é muito precária. “Existem, de acordo com as Nações Unidas, 200 milhões
de mulheres desaparecidas por feminicídio no mundo e 25 milhões estão na Índia.”
(Henriques, J. G., jornal O Publico 2014). “A minha conclusão é que (a
violência) é produto de uma cultura de séculos em que os homens carregam o nome
e a riqueza da família, enquanto uma mulher perde a sua família e o dote leva
parte da riqueza da sua família. Há também muitos estigmas sociais: as
percepções sobre o valor humano conforme as castas. E se uma mulher só tem
filhas vai ser estigmatizada e olhada de lado.” (Davis, E. G.). Abortar as
raparigas é uma prática comum e as violações e a violência contra as mulheres
ocorre porque os homens são criados para pensarem que são superiores às
mulheres, e que quaisquer crimes cometidos contra elas, vão sair impunes.
Conclusão
As mulheres sempre
foram vitimizadas ao longo dos tempos. Sempre foram consideradas o “sexo fraco”,
no entanto com o passar dos tempos conseguiram mostrar que conseguiam realizar
as mesmas actividades que os homens e aos poucos conseguiram elevar o seu
estatuto na sociedade de mãe, dona de casa e de um objecto submisso ao marido
para alguém independente capaz de exercer os cargos mais altos da sociedade. Ao
longo do enorme processo que foi a emancipação da mulher, tivemos personalidades
que apesar de não terem tido as mesmas oportunidades que os homens lutaram
contra a sociedade altamente machista e assim deram oportunidades às gerações seguintes
de viver numa sociedade onde igualdade de género não fosse um sonho mas sim uma
realidade, onde uma mulher é capaz de trabalhar num cargo elevado sem ser
julgada.
Este trabalho “abriu-me
os olhos”, no sentido que fiquei a saber que, apesar de existir “mais ou menos”
uma igualdade de género em muitos países, ainda existem muitos onde as mulheres
são desrespeitadas e maltratadas por serem mulheres, onde matam crianças ou
abandonam à nascença só porque são raparigas.
Existiu, sim, um grande
progresso desde da Grécia Antiga, em relação ao estatuto da mulher na sociedade,
até agora. Porém ainda existem coisas que tem de mudar, e para isso acontecer não
se pode ficar à espera que aconteça naturalmente. Temos de lutar contras as
injustiças.
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