terça-feira, 14 de agosto de 2012

Reencontro




  Sozinha era como eu me sentia. A sua presença havia desaparecido. Tudo o que sobrava era a escuridão.
Morte? Será esse o meu destino?

  Tudo o que desejei foi Ele. Deixei tudo e todos, a minha família os meus amigos.

  Quando o seu corpo se uniu ao meu num só senti uma felicidade extrema. A sensação de o ter só para mim, poder satisfaze-lo enquanto ele me satisfazia era de uma magnitude que nem posso explicar. Apesar da dor, sim eu era virgem, foi maravilhoso.

  Os dias passaram e eu tola seguia-o por todo o lado. Desde daquela noite ele nunca mais me havia tocado, mas eu não me importara. Dizia a mim própria que ele andava ocupado e que não tinha tempo para este tipo de coisas. Que ingénua que fui.

  Numa noite de lua cheia ele levou-me para um armazém abandonado, drogou-me e quando eu recuperei a minha consciência estava nua amarrada a uma mesa no centro de um pentagrama. Ele apunhalou-me deixando o meu sangue escorrer ate ao chão. Fui ai que me apercebi eu era um sacrifício, uma virgem desonrada pelo seu carrasco com o fim de invocar um demónio. Enquanto sentia a minha vida a abandonar-me algo me preenchia. Algo novo e poderoso algo que não era eu.

  Perdi a consciência novamente e quando acordei pela segunda vez nessa noite a primeira coisa que vi foram os seus olhos negros.

  Deu-me a mão enquanto me saudava em sinal de respeito

  - Bem-vinda minha rainha

  -  Michael finalmente nos reencontramos. Agora prepara-te. Temos uma guerra para ganhar…

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